quarta-feira, 10 de novembro de 2010

As enchentes de São Paulo no período das cheias

As enchentes ocoridas na cidade de São Paulo no período anual das chuvas já virou rotina para os paulistanos. A cada ano o fato vem se agravando devido ao aumento populacional e a falta de planejamentos para os assentamentos urbanos, somados a  uma política pública negligente e que em vez de tomar metidas preventivas teima em agir remediamente. A exemplo disso, podemos citar o último fato ocorrido quando vários bairros da maior metrópole do país ficou com suas ruas inundadas por vários dias, acarretando em prejuízos para os moradores que, não é de se estranhar, em sua maioria pertenciam a uma classe social baixa, demosntrando o descaso  da administração pública para com esta população.
Ao nos aproximarmos de mais um período chuvoso (Dezembro - Fevereiro), as preocupações com as enchentes começam a ocupar as pautas dos órgãos responsáveis. As regiões mais críticas pertecem aos vales do rio Tiete e Pinheiros, ocupados pelos urbanização e onde grande parte de seus afluentes estão canalizados e encobertos por uma densa estrutura urbana. O que resta são medidas a fim de minimizar os danos das chuvas, como demonstra a reportagem abaixo. Difícil é acreditar que desta vez o problema será solucionado!

Estudo aponta galerias como solução para cheias em SP

AE - Agência Estado
A nova solução que a Prefeitura de São Paulo planeja para acabar com as enchentes na Pompeia, na zona oeste de São Paulo, é a construção de duas galerias pluviais de concreto ao longo dos Córregos Sumaré e Água Preta, cada uma avaliada em R$ 45 milhões. Em agosto, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que o governo desistiu do plano anterior, anunciado em 2008 - a região ganharia dois piscinões, um na Avenida Francisco Matarazzo e outro na Avenida Pompeia.
O levantamento feito nos últimos oito meses pelo Consórcio Maubercon, ao custo de R$ 4,7 milhões, apontou que os piscinões não seriam suficientes para evitar o acúmulo de água na Rua Turiaçu, ao lado do estádio do Palmeiras. O impacto urbanístico e o alto custo para a desapropriação de 14 imóveis e de um posto de gasolina também pesaram na decisão.
O estudo indicou que só uma nova galeria subterrânea poderá reduzir a força das águas do Água Preta, córrego que nasce a 75 metros de altitude, na Vila Madalena, perto da Rua Cerro Corá. Seu trajeto descendente pelo meio da Pompeia e de Perdizes, em canos construídos na década de 1960, faz a água adquirir forte pressão até o início de seu trajeto plano, que começa no cruzamento da Rua Turiaçu com a Avenida Antártica, na Praça Marrey Júnior. As tubulações antigas serão reformadas e vão ficar paralelas às novas.
"Quando chove forte, o córrego chega com tanta pressão no cruzamento que não entra nas bocas de lobo e nas galerias que deveriam colocá-lo em um curso reto até o Rio Tietê. É por isso que a água transborda pelos bueiros e alaga toda a parte de baixo da Pompeia", diz a presidente da Associação Amigos da Vila Pompeia, Maria Antonieta Lima e Silva. Ela apoia parte do novo plano antienchente do governo municipal. "É a primeira conquista em 16 anos de inundações."
A canalização do Córrego Sumaré, que nasce na Praça Abelardo Rocas, perto da Avenida Dr. Arnaldo, e segue um percurso praticamente reto até o Rio Tietê, também foi apontada como necessária no estudo. As duas novas galerias serão mais largas e quadradas, com poder de vazão 40% maior - os canos atuais são redondos e mais estreitos. "A canalização do Sumaré não é necessária. É jogar dinheiro no lixo. Ele não transborda e não conflui com o Água Preta. Tem coisa mais urgente no bairro para ser feita", avalia Maria Antonieta.
Pacote
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano confirmou que o estudo da Maubercon apontou as duas galerias como alternativa para o histórico problema das enchentes na Pompeia. Mas nenhuma obra deve ficar pronta antes das chuvas de verão deste ano, conforme havia admitido em outubro o próprio prefeito Gilberto Kassab (DEM). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,estudo-aponta-galerias-como-solucao-para-cheias-em-sp,636584,0.htm


Grupo de trabalho da disciplina Gestão de Recursos Hídricos - UNESP/Rio Claro

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